quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Quisera


Quatro ou cinco metros;
Não é a distância de um braço.
Não dista um abraço.
Não muda o mundo.
Nenhum absurdo.

Quantos segundos num soluço?
Um rio não muda o curso.
Idas e vindas. Aqui. Agora.
Quem é que fica?
Quem foi embora?

Mais um sorriso. Menos tempo.
Faça o que for preciso.
Erga ao alto, um dedo.
A mão não vence o vento.
Você faz. Eu apenas tento.

Eram três. Era madrugada.
Talvez segunda. Diria nunca.
Talvez importe. Seria sorte.
Quem sabe um dia.
Alguém quisera. Alguém queria.

Fecho o envelope com algo de saliva. Depois esfrego os olhos, duas doses de sono. Vontade de não dormir. Vela acesa. Vontade jamais triunfa. Talvez segunda. Diria nunca.

Agora, Criado em pleno blog. ;)